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terça-feira, 5 de julho de 2016

Parece algo tão comum, mas quando dois se tornam um...



O final e o infinito


Duas partes de uma arte
Separadas são vazias

Mas se um dia elas se encontram
A obra-prima já está pronta
E como é que ninguém via?

Toda porta tem sua chave
Mas a casa só se abre
Pra quem tem direito a entrar

Até a flor com menos graça
Tem um colibri que passa
E só a ela quer beijar

Duas metades imperfeitas
Quando juntas são perfeitas
Não há um quadro mais bonito

Mesmo o amor mais insensato
É um pé com seu sapato...
É um final e um infinito

Dois pedaços pelo espaço
Em uma exata sincronia

Parece algo tão comum
Mas quando dois se tornam um
Deus assina a poesia...




                                Martim César

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