O final e o infinito
Duas partes de uma
arte
Separadas são vazias
Mas se um dia elas
se encontram
A obra-prima já está
pronta
E como é que ninguém
via?
Toda porta tem sua
chave
Mas a casa só se
abre
Pra quem tem direito
a entrar
Até a flor com menos
graça
Tem um colibri que
passa
E só a ela quer
beijar
Duas metades
imperfeitas
Quando juntas são
perfeitas
Não há um quadro
mais bonito
Mesmo o amor mais
insensato
É um pé com seu
sapato...
É um final e um
infinito
Dois pedaços pelo
espaço
Em uma exata sincronia
Parece algo tão
comum
Mas quando dois se
tornam um
Deus assina a
poesia...
Martim César
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